Ela olha o mundo lá de fora
E reclusa, retrai-se
Embrulha as horas,
Contrai-se
Seus olhos não miram mais o sol
Há tanto tempo…
Tanto tempo…
Enquanto lágrimas molham o lençol
Na noite em que a esperança foi-se embora
Ela fecha as janelas, abstrai – se
Fita as mãos, passa o tempo
E chora,
E chora…
Clarice Ferreira