Alopatia ou homeopatia: qual delas escolher para cuidar de seu bebê?
Os dois métodos se complementam na hora de proteger a saúde dos pequenos
Ao primeiro sinal de doença ou machucado, as mães vão em busca de tratamento para os seusbebês. Mas, uma das dúvidas mais frequentes das mamães é a quem recorrer neste momento.
À medicina convencional (alopatia) ou à terapia alternativa (homeopatia)? A decisão de submeter os pequenos às substâncias químicas dos medicamentos desde os primeiros meses de idade nem sempre é fácil.
A seguir, especialistas explicam a diferença entre os dois métodos e mostram que nem sempre é preciso necessariamente fazer uma escolha: as duas terapias podem conviver muito bem juntas.
O que é a homeopatia?
A homeopatia é uma especialidade médica que adota no tratamento das doenças a diluição dos compostos químicos presentes nos medicamentos como forma de diminuir os efeitos nocivos deles para a saúde.
O método visa tratar os pacientes de uma forma global e não apenas os sintomas de uma determinada enfermidade, seguindo alguns princípios básicos como:

1) Lei da Semelhança: o que provoca uma doença que não existe, cura a doença que existe.
2) Remédio único: o medicamento trata o indivíduo como um todo, baseando-se em suas características individuais, e não cada uma de suas doenças.
3) Doses mínimas: "É o aspecto mais questionado pelos médicos, pois, há uma associação errada entre intensidade da dose e poder de cura do remédio", explica o pediatra da Unifesp Edson Eiji Furuta, diretor da Associação Paulista de Homeopatia.
E a alopatia?
É a medicina convencional seguida pela maioria dos médicos. Através dela, os bebês são acompanhados por um pediatra que vai prescrever medicamentos de acordo com o diagnóstico. Os remédios não são manipulados e não há diluição de nenhuma substância, conforme ocorre na homeopatia:
"O que muda no tratamento dos bebês é a dosagem de substâncias tóxicas, mas não há uma redução abrupta de nenhum composto", explica o pediatra Nivaldo Santos, da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica da Unifesp.
Alopatia x homeopatia para o bebê
Para o médico Nivaldo Santos, a alopatia e a homeopatia podem ser complementares no tratamento dos bebês, se forem usadas em situações adequadas: "a homeopatia é uma ciência que merece respeito e é bastante eficaz se usada para tratar casos mais simples como uma dor de barriga ou alguma irritação na pele do bebê. Mas, quando o quadro é mais grave, como doenças infecciosas, pneumonia ou câncer, não se deve atrasar a procura de um pediatra em função do uso da homeopatia, já que o organismo dos pequenos é mais frágil. É preciso ver a gravidade do problema antes de escolher o método", explica.
Já para Edson Eiji Furuta, a homeopatia é eficaz no tratamento de qualquer doença e ao contrário do que se diz, não apresenta resultados lentos e pouco efetivos: "A homeopatia só é reconhecida como ciência por que teve seus resultados comprovados. O fato de ser menos agressiva em função da diluição das substâncias químicas, não significa que é lenta ou menos eficiente", explica Edson.