É, eu sei que talvez tenha sido melhor assim, e que talvez isso tenha feito algum bem pra mim. Mas a verdade é que eu tenho medo, medo de ouvir meu coração, medo de fazer o que ele me implora desesperadamente. Tenho medo agir por impulso. Tenho medo de me machucar no final. Mas o problema é que querendo ou não eu sempre acabo agindo por impulso. Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade. Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei. Mas apesar das minhas variações de humor, e dos meus atos infantis é bom saber que ainda tenho algumas pessoas ao meu lado. Poucas, mas verdadeiras.
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O mundo será verdadeiro quando o homem souber amar,
Até lá viveremos achando que conhecemos o amor mas sem coragem de enfrentar tal como é
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