Trocando em miudos pode guardar as sobras de tudo que chamam lar. As sombras de tudo que fomos nós. Mas devo dizer que não vou lhe dar o enorme prazer de me ver chorar. Nem vou cobrar nada pelo seu estrago. Meu peito tão dilacerado. Eu bato o portão sem fazer alarde. Eu levo a carteira de identidade. Uma saideira e muita saudade. E a leve impressão de que já vou tarde. (chico buarque)