olha prá mim.
Não faz assim, não vá lá, não.
Os letreiros a te colorir
Embaraçam a minha visão
Eu te vi suspirar de aflição
E sair da sessão frouxa de rir.
Na galeria, cada clarão
É como um dia depois de outro dia
Abrindo um salão.
Passas em exposição.
Passas sem ver teu vigia
Catando a poesia
que entornas no chão
Chico Buarque