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O exército em busca da honra
“Eu juro por Deus este sagrado juramento para o Líder do Império Alemão e do povo, Adolf Hitler, supremo comandante das Forças Armadas, que vou lhe render obediência incondicional e que, como bravo soldado, estarei preparado, em todos os momentos, a dar minha vida por este juramento.” Este compromisso foi feito pelas Wehrmacht (forças armadas alemãs), no ano de 1934 ao “Führer”, líder do Partido Nazista.” Chama atenção o escopo filosófico do significado dos dizeres, do intento que foi estabelecido como objetivo, destino final de um dever de lealdade, não ao estado e muito menos à nação, mas, em particular e principalmente, a um indivíduo, mero governante temporário, detentor do poder político. Agora avaliem a promessa: - “Incorporando-me ao Exército Brasileiro, prometo cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado, respeitar os superiores hierárquicos, tratar com afeição os irmãos de armas e com bondade os subordinados e dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria, cuja honra, integridade e instituições defenderei com o sacrifício da própria vida”. Clama vibrante o simbolismo do soldado cidadão, a disciplina, o humanismo. a honra marcial, a dedicação integral à defesa e garantia do solo pátrio. Esta proclamação de profundo sentimento patriótico, em absoluto, não se coaduna, mas colide, invoca o repúdio a expressões descabidas de quilate proibitivo como referir-se à Força Terrestre da nação brasileira como “meu Exército”. Que seja dito, isto não existe para a esmagadora maioria dos militares, aqueles autênticos que ainda fazem coro com o que disse o Duque de Caxias e maior condestável do império: - “Minha espada não tem partido!”. Todavia, a não observância recente aos ditames do “Regulamento Disciplinar do Exército” por quem de dever e direito está abrindo um precedente atentatório, não só às normas disciplinares, mas, também, à manutenção da coesão no seio das fileiras, tanto do “grande mudo”, quanto das Instituições Militares irmãs. Não, não, em absoluto, a decisão tomada em relação à participação de um oficial-general, ainda na ativa, em “MOTOCIATA” encabeçada por candidato á presidência em 2022, pegou muito mal, atentando quanto às mais tradicionais e sagradas militâncias da caserna. Que me perdoem aqueles ainda fanáticos pelo Presidente negacionista, mas não foi isso que aprendemos nas Agulhas Negras. Em verdade, mais uma “abertura de guarda” na manutenção da disciplina no seio do nosso Exército e vamos acabar de perder, por completo, aquela imagem imaculada que a Força Terrestre conquistou e tem mantido desde tempos imemoriais. Paulo Ricardo da Rocha Paiva. Coronel de infantaria e Estado-Maior. Artigo também publicado no Jornal do Comércio de Porto Alegre. Rio Grande do Sul.


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