Que não se duvide, do jeito que se esticou a corda, a nação pode mergulhar em uma guerra civil das mais sanguinolentas. Os extremismos, de esquerda e de direita, conduziram a um tal grau de divisão da opinião pública que não se enxerga mais o caminho do bom senso para uma convivência cordata das diferenças no seio da sociedade. E por que chegamos à esta encruzilhada do destino? As causas são muitas e variadas, a começar pela liderança equivocada do atual chefe da nação. Jair Messias Bolsonaro capitão em que votei, tinha tudo para fazer um bom governo, se não radicalizasse, se tivesse o pé no chão, se soubesse se posicionar como governante de todos e não da galera de fanáticos que o endeusa como a um verdadeiro “Fuhrer†mitológico e sem máculas, à semelhança com o que ocorreu na Alemanha em 1934. Em verdade, não há como negar o Pais, continua tiranicamente mal servido em termos de homens públicos, no Legislativo e no Judiciário, mas, muito pior, no Executivo, se considerarmos o primeiro mandatário da nação, este que não sabe aproveitar da melhor forma sua assessoria, esta, que se diga, plena de militares preparados, mas absolutamente carente da confiança do próprio presidente, haja vista as demissões a toque de caixa, as trocas de funções “à MIGUELÃO’ e o desgaste resultante de suas castrenses imagens ensejado pela mÃdia adversa. Para piorar as coisas, ao invés de governar, muito preocupado com a sua reeleição, JMB se mantém em trajetória de constante confronto. Ora vituperando gregos e troianos com palavrões, ora criando caso sobre o sistema de votação, ora criando engarrafamento com “MOTOCIATAS†surreais de salvamento da Pátria em perigo, um perigo do qual ele é o principal responsável pelo ódio que destila em suas falas, pelas descaso com seus iguais, pela indiferença em face da presença do sofrimento. Foto: Gbn defense. Paulo Ricardo da Rocha Paiva. Este artigo foi também publicado na Revista Sociedade militar. Coronel de Infantaria e Estado-Maior