No dia 19 de maio, será celebrado o Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais. A Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) alerta para o aumento da prevalência desses males no Brasil, chamando a atenção para a causa por meio da campanha Maio Roxo. Segundo a entidade, as doenças inflamatórias intestinais atingem mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo e não têm cura, mas o diagnóstico precoce ajuda a estabelecer um tratamento para melhorar a qualidade de vida. No Brasil, tem sido observado aumento dos casos nos últimos anos, sendo as mais comuns a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Com base em dados do DataSUS, a SBCP analisou as taxas de incidência e prevalência das doenças inflamatórias intestinais no Brasil de 2012 a 2020. Foram analisadas informações de 212.026 pacientes de ambos os sexos, sendo 140.705 com doença de Crohn e 92.326 com retocolite ulcerativa. Para o médico Paulo Gustavo Kotze, membro titular da SBCP e um dos autores de estudo, a incidência, ou seja, o registro de novos casos, subiu de 9,41 por 100 mil habitantes em 2012 para 9,57 por 100 mil habitantes em 2020, uma variação anual média de 0,80%. A prevalência, que é a soma dos casos, passou de 30,01 por 100 mil habitantes para 100,13 por 100 mil habitantes no mesmo período, uma variação média de 14,87% por ano.“No Brasil, a prevalência das doenças inflamatórias intestinais chega a 100 casos para cada 100 mil habitantes no sistema público, sendo a maior concentração nas regiões Sudeste e Sul. Em alguns países desenvolvidos, a prevalência pode chegar a até 1% da população. Já a incidência média em 2020 no país foi de sete casos para retocolite ulcerativa e três para doença de Crohn para cada 100 mil habitantes”, disse Kotze. Com informação do Site NotíciasAoMinuto.