Ninguém sabe quem denominou de “Lava-Jatoâ€� uma operação jurídica de combate à corrupção em nosso país, apenas o nome lembra uma limpeza rápida e bem realizada em nossos automóveis, por pequenas empresas especializadas. Todo o mundo sabe que, a máquina administrativa de um país é muito difícil de conduzir, porque as necessidades para o bom funcionamento dessa máquina exige muita competência O chefe do Poder Executivo nesses países é quem compete administrar e aplicar essa massa de recursos, através de um ministério específico. Ora, o ser humano não é perfeito e, dentro desse emaranhado de várias condutas, é possível acontecer erros e enganos ocasionais, sem culpa de ninguém. Mas quando os erros e enganos são programados e são projetados dolosamente, aí se trata de incúria e corrupção, e devem ser combatidos como crime contra a administração pública. De há muito tempo esse crime foi se tornando uma prática nociva à vida nacional.   Todo mundo quer levar vantagem no trato com o dinheiro público sem dono, tanto faz ser servidor público, comerciante, industrial e outros, esquecendo que o dinheiro público também tem dono, que é o próprio povo. A conjugação do atual governo brasileiro com os órgãos de Justiça deu origem a essa ação jurídica, denominada de Operação Lave-Jato. Uma plêiade de magistrados se reuniu em Curitiba PR e organizaram um Grupo de Trabalho para combater a corrupção endêmica no Brasil e que foi denominara de Lava-Jato. Poucas vezes, na vida da nação brasileira, tivemos o orgulho de um Juiz que, com competência e justiça, mostrou que o Brasil poderia ser decente. Aquilo foi único e encheu de orgulho os brasileiros, parecia que surgia um novo Brasil. O juiz Sérgio Moro manteve a chama da altivez e decência que muita gente acredita e apoia. A Lava-Jato, em sua 34ª fase, julgou e condenou um ex-presidente da República a 8 anos, 10 meses e onze dias de reclusão, por corrupção, em repasse criminoso de R$ 39 milhões, por empreiteiras para as empresas desse senhor. Por unanimidade, três desembargadores do Tribunal Regional da 4ª Região Curitiba (2ª Instância), aumentaram a pena para 12 anos e 11 meses de reclusão para o criminoso. Desgraçadamente, um ministro do STF, anulou tudo, alegando incompetência daquela Corte para julgar o caso, logo depois confirmado naquele Supremo Tribunal. Aliás, Sérgio Moro foi sempre correto e depois, como Ministro da Justiça, fez um belo trabalho e saiu, quando sentiu falta de apoio. Toda a magnitude do trabalho da operação Lava-Jato a nossa Suprema Corte jogou no lixo. O Dr. Sérgio Moro, honesto, competente, caráter íntegro, foi a pessoa certa para conduzir com êxito essa limpeza moral. Todavia, nas próximas eleições, para ele conduzir o destino do Brasil, ainda lhe falta muita aprendizagem. Registre-se que, no nosso Brasil, a criatura tem que possuir jogo de cintura para se esquivar dos golpes e das cacetadas dos corruptos, condição que o Dr. Sérgio Moro, infelizmente, ainda não o possui. José Batista Pinheiro Cel EB Ref (Rio de Janeiro, 10.05.2022)