Em meio aos efeitos da Guerra da Ucrânia e à diáspora provocada pela invasão russa, o mundo superou a marca de 100 milhões de refugiados pela primeira vez. O número foi divulgado pelo Alto Comissariado da ONU para o setor na noite deste domingo (22), já madrugada de segunda (23) em Genebra, sede do órgão. "Cem milhões é um número cruel, preocupante e alarmante em igual medida. É um recorde que nunca deveria ter sido estabelecido", disse o alto comissário Filippo Grandi, em comunicado. "Ele deve servir de alerta para a resolução e a prevenção de conflitos destrutivos, para acabar com a perseguição e para tratarmos das causas subjacentes que forçam inocentes a fugir de casa." O relatório completo será lançado no mês que vem. O número de refugiados já havia estabelecido um recorde de 82,4 milhões em 2020. Por ocasião da divulgação do relatório no ano passado, o porta-voz do Acnur no Brasil resumiu as expectativas pouco animadoras: "Já não nos perguntamos se chegaremos aos 100 milhões, mas quando chegaremos". Esse total inclui quem deixou seus paÃses por causa da violência ou de algum tipo de perseguição, pessoas em busca de asilo em outros lugares e gente deslocada à força dentro do próprio paÃs. Folhapress.