Boris Johnson, o primeiro-ministro do Reino Unido que ascendeu ao poder por meio de uma imagem de bufão, com os cabelos organizadamente desorganizados e gravatas tortas, renunciou nesta quinta (7). Em meio a uma avalanche de crises e abandonado por aliados, ele ainda tenta permanecer no cargo até que um novo lÃder do Partido Conservador seja escolhido –o que deve acontecer nos próximos meses–, mas a possibilidade é rechaçada pela oposição trabalhistas e por alguns membros de sua legenda. CrÃticos haviam especulado que a derrocada aconteceria antes, mas, resistente, Boris sobreviveu a uma série de crises, e a saÃda agora se deve menos a um caso especÃfico, mas ao acúmulo das controvérsias. Do negacionismo diante do surgimento da Covid à descoberta de que sabia e nada fez para tirar um hoje acusado de assédio sexual da tarefa de garantir a disciplina parlamentar de seu partido, o ex-premiê deixa o cargo impopular e constrangido por aliados, como a debandada em série de seu governo mostra. Folhapress.