O ex-ministro Aldo Rebelo, que é pré-candidato ao Senado Federal por São Paulo, afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que cogitar a possibilidade de internacionalização da Amazônia é praticamente um crime de lesa-pátria. "Quem abandona a centralidade da questão nacional se aproxima da traição nacional", diz ele. Aldo também falou sobre os trágicos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. "O que aconteceu no Vale do Javari foi a crônica de uma tragédia anunciada. Nós não conhecemos a Amazônia e muitas vezes recebemos a informação que vem de ONGs com sede em Nova York e escritório na Faria Lima. O Vale do Javari é a região mais remota da Amazônia, com problemas de fronteira entre Brasil e Peru. Lá, a ausência do estado foi preenchida por duas presenças: a das ONGs e do crime organizado", afirma. Na entrevista, Aldo lamentou as mortes, mas disse que o caso não pode servir de pretexto para ataques à soberania nacional. "Internacionalizar a Amazônia é crime de traição nacional. Sempre foi o sonho das potências imperiais. Quem se afasta da questão nacional se aproxima da traição nacional", diz ele. Aldo lembrou ainda que o Reino Unido cometeu o maior crime de biopirataria da história, que foi o roubo das seringueiras, no século passado, e disse que 30% da biodiversidade do mundo está na Amazônia. "Usar causas nobres para defender biopirataria é a corrupção da virtude. Em nome da democracia, quantos crimes foram cometidos? Por trás da questão indÃgena, se escondem interesses que não são nem dos Ãndios nem do Brasil", afirmou.