Que o inverno tem seu lado agradável poucos duvidam. Mas há quem sofra - e muito - quando a temperatura cai. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier de Campinas, no topo da lista estão os alérgicos. Isso porque, acabam sentindo o efeito cascata nos olhos de doenças respiratórias como gripe, resfriado, asma, rinite, entre outras. A lista é extensa, comentar. Além de colocar cardÃacos em maior risco de sofrer um infarto pela maior contração dos vasos, o frio dissemina vÃrus no ar e aumenta o risco de contrair conjuntivite viral. Os sintomas são vermelhidão, sensação de areia nos olhos, secreção viscosa, sensibilidade à luz, lacrimejamento e pálpebras inchadas. A recomendação do especialista é fazer compressas com gaze embebida em água filtrada fria para aliviar o desconforto logo que sentir algo errado. Para eliminar o problema é melhor consultar seu oftalmologista. O colÃrio não deve ser usado sem avaliação médica porque causa efeitos colaterais e a conjuntivite maltratada pode deixar sequelas na sua visão. Como se não bastasse, ressalta, o frio também diminui a lubrificação dos olhos e torna o trabalho no computador um sofrimento para a maioria das pessoas. Para se ter ideia, um levantamento feito pelo oftalmologista em 1,2 prontuários mostra que 75% sentem o maior perrengue diante das telas: Olho seco, dor de cabeça e visão embaçada A explicação é simples. Queiroz Neto afirma que assim como ficamos com as pernas e corpo doendo quando fazemos uma longa corrida, temos fadiga ocular e dor generalizada no corpo com o uso do computador por mais de duas horas ininterruptas. Isso porque, nossos olhos trabalham muito mais diante das telas, o globo ocular se movimenta menos e diminuÃmos o número de piscadas de 20 vezes/minuto para 6 vezes. Como ninguém vai parar de trabalhar por isso, o oftalmologista recomenda desviar os olhos da tela para um ponto distante sempre que lembrar e piscar voluntariamente.