Independentemente do que acontecer com o desmatamento em dezembro na Amazônia, o último ano do governo Jair Bolsonaro (PL) será o mais destrutivo da história recente do bioma. Os dados do Deter, programa do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) destinado ao auxÃlio à s atividades de fiscalização ambiental, apontam mais de 10 mil km² de floresta derrubada em 2022. Nessa conta, novembro contribuiu com 554,6 km², segundo maior valor para o mês e um aumento de 122% de destruição em relação a novembro do ano passado (que teve 249,49 km² de desmate). O recorde para o mês é de 2019 (com 562,8 km² de mata derrubada), primeiro ano do governo Bolsonaro. Os anos Bolsonaro dominam, com ampla margem, o ranking de derrubada de floresta do histórico recente do Deter, a partir de agosto de 2015 -o sistema teve inÃcio antes, mas a partir desse ano houve uma atualização dos sensores, o que inviabiliza comparações apropriadas. Depois de 2022 aparece o primeiro ano sob Bolsonaro, 2019, com mais de 9,1 mil km² de floresta ao chão. Em seguida, 2020, com mais de 8,4 mil km². O recorde de 2022 vem recheado de recordes mensais. Dos onze meses do ano já totalmente computados, seis tiveram desmatamentos recordes para os meses em questão. E vários deles tomaram o recorde de outros anos do governo Bolsonaro. Fonte: Folhapress.