Eu trago-te nas mãos o esquecimento
Das horas más que tens vivido, Amor
E para as tuas chagas o ungüento
Com que sarei a minha própria dor
Os meus gestos são ondas de sorrento
Trago no nome as letras duma flor
Foi dos meus olhos garços que um pintor
Tirou a luz para pintar o vento
Dou-te o que tenho o astro que dormita
O manto dos crepúsculos da tarde
O sol que é de oiro a onda que palpita
Dou-te, comigo, o mundo que Deus fez
Eu sou Aquela de quem tens saudade
A princesa de conto: "Era uma vez
Florbela Espanca
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