Sob a Tua Serenidade
Não me ouvirás... És vão ... Tudo se espalha
Pelos ermos de azul ... E permaneces
Sobre o vale das súplicas é preces
Com solenes grandezas de muralha ...
***********
Minha alma , sem Te ouvir nem ver ,
trabalha tranquila.
Solidão ... Desinteresses ...
Por que pedir? De tudo que me desses
Nada servirá a esta existência falha ...
***********
Nada servirá , agora ... E noutra vida ,
Oh! noutra vida eu sei que terei tudo
Que há na paragem bem aventurada ...
***********
Tudo , porque eu nasci desiludida ,
E sofri de olhos mansos ,
lábio mudo ,
Não tendo nada e não pedindo nada.
[ Cecília Meireles]
************
Postarei um poema alegre nessa sexta-feira. Beijos, Leninha.