Sei que sempre ficará Algo de mim em ti E algo de ti em mim Como na tela o amanhecer Que o pintor imortalizou. E se ficam vivas nuanças Das cores que a vida inventou, Há um mistério que não se diz, Escondido, Em qualquer parte desse matiz. E como nos versos inacabados Que o poeta renunciou, Fica essa aquarela, Atraente e bela, Pintada com cores do pranto, Com esse lado, indecifrável, Que o pintor deixou em branco. Letícia Thompson
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