Procuro nas palavras os cheiros e sabores
nos orvalhos das madrugadas de ti
Sinto cada silaba como doce beijo
No teu corpo ardente
Perco-me nas palavras despertas em sons madrigais
Ofereço-te o meu âmago, o meu cerne crescente
palavras gritadas que recusas no intimo
Embriagado de sonolência da verdade
Porque recusas a palavra doce e pura
olhos cerrados ao mudo coração ensurdecido
Quero-te na brevidade de todas as coisas
Nas quimeras exaladas de cores triunfais
Não me peças mais palavras ímpias
Perderam-se debaixo do sal da tua pele
Todas que murmuraste ternamente
Foram aquelas que jamais te direi.
beijo azul@