Talvez...

Tânia Ailene



Tanto tenho dito, que do meu pensar já decorei

Aspirações do nada que julgo tudo
posturas sem pedidos

Carinhos que abafados pelo tempo

Adornos que não fazem a diferença
Pesar nascendo todos os dias

Chora corpo, sangra coração,

Morre mulher...

Com tanto amor sem ter a quem

opção feita na credulidade

Honra palavra com tanta dor

Como pode dizimar esperança

Falta entrosamento, diálogo

Exposição do desejo latente

Procura do aconchego

Para quem tudo quer e tudo dar

Nega-se o essencial...

Amor ou se tem ou nunca virá

Não se programa um coração

Mas se parte uma vida em frações de tristezas

Quero meu hoje, vasculhando

Meu passado de alegrias...

Desejos de um futuro

Emoção que brote a cada toque

Amor visível ao tempo do novo amanhã...

Se não for assim

Talvez tenha chegado o momento

Aqui acabou!



31/01/2010

Tânia Ailene

Rio de Janeiro



Publicado no Recanto das Letras

Código do texto:2061925

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