Quando o coração adoece...
Tânia Ailene




O que dizer quando o amor adoece
Pede socorro, evoca os deuses e arcanjos.
Quando não mais que de repente
O coração grita, o corpo fenece.
Por tantas vezes um pedido de clemência
Um pouco de atenção
Uma pitada de carinho fora de hora
Resta a ausência da presença sentida
Agoniza os sonhos tão esperados
Arrependimentos das falas não realizadas
Não mais que voluntários gestos
O perdido se faz presente
Creio que a verdade
Toda distancia consentida
Parece maltratar os sentidos
Quando se ama, o amor não morre.
Não adoece, não pede tempo.
Não joga ao vento
Não trapaceia nem ilude
Quem deixa de amar, nunca amou...
Melhor ficar só.
Acontece um dia acontece...
Não da pra fingir, um vazio restou...
Você nada deixou...
A hora chegou!

3 de maio de 2015
Tânia Ailene
Rio de Janeiro