Obrigada meu amor pela tua vida,
Que, na palma da mão, feito quimera,
Ofereces-me num sorriso, na simplicidade,
Como o orvalho beija a relva agradecida
E o sol acaricia as flores nas manhãs de primavera
Enquanto a lua se despede já deixando saudade.
Que, colhido com carinho no cálice do teu coração,
É servido de alimento para me fazer sorrir
Todos os dias, até nas sombras da solidão,
Quando distante me encontro e perdida de ti
Sinto-me num labirinto de escuridão.
Obrigada meu anjo, pela raiva contida
Que teu amor obriga-te a dissipar
E transformada por ele, não pode me ferir.
Abrigas, no refúgio do silêncio, a alma ferida
Que grita à minha tua dor fazendo-se ouvir
E num abraço terno e eterno, meu amor vem te curar!
Lídia Sirena Vandresen
(31.10.08)