« Anterior 01/06/2025 - 18:44
Eu me tornei uma jovem senhora 30+, que adora podcasts e que os ouve bastante principalmente durante os treinos na academia, e que indica também, principalmente quando eu sei que certa pessoa está vivenciando coisas, e que aquele episódio ou o podcast específico vai furar a bolha que ela vive, vai cutucar com certo afinco e tirar ela do seu conformismo. Acho fascinante toda essa interação e trocas compartilhadas ali. É uma forma de crescimento absurda, seja louvada à tecnologia moderna que nos trouxe esse grande feito. Ressalvo nos meus escritos que eu sou uma pessoa totalmente curiosa, e eu adoro descobrir coisas novas com muita frequência ou buscar mais entendimento sobre coisas pelas quais eu já conheço. Talvez por isso o meu apresso pelos podcasts, que é uma forma de expandir a mente e se obter mais conhecimento, além dos formatos habituais, que são livros, pesquisa, música, séries e filmes, formas essas que já uso com regularidade. Uma coisa é você estudar sobre algo específico, outra é ver outras pessoas retratando o mesmo tema de forma mais clara e objetiva. Além do mais, acontece que muitas vezes você se vê na fala de alguém, por vivências parecidas, pela forma que vê a vida, etc.
Antes de mais nada quero deixar claro, que a pauta abordada nesse texto, nada tem a ver com perfeição. E você pode discordar totalmente comigo, fique à vontade pra isso, porque eu acredito sim, que sem discordância não há caminho. No último podcast que ouvi, se falava muito sobre completude, e por coincidência venho trabalhando isso na terapia. Mas daí eu me pergunto: O que é de fato, a completude? Será que é um objetivo de vida? É uma forma de autoconhecimento? Pra cada um, a completude leva para caminhos distintos, porque isso está ligado na construção da sua história, é um lugar sagrado, a linha que limita o existir.
Hoje eu tenho consciência que há faltas em mim, que vão permanecer sendo faltas, sejam elas as que estão em processo de cicatrização ou as que já foram curadas. Porque a maioria das faltas que temos surgiram na infância, principalmente provocadas pelos nossos pais, familiares e amigos próximos, coisas que não tínhamos o controle, não vieram de nós. Quando se passa a entender mais a fundo sobre isso, você aprende a viver melhor, de uma forma mais saudável, e que nos humanos não somos menos humanos pelas faltas que temos, é o oposto disso, ter o privilégio de saber que há partes nossas que tem encaixe e outras não, é fundamental para a nossa desconstrução individual. É ingênuo você achar que só porque escreve bem, você não pode fazer um curso para escritores para aprimorar a sua escrita. Se este é o seu ponto forte, aprimore. A vida hoje é uma constante evolução, assim como nós temos que buscar progredir constantemente. Isso nos ajuda e nos guia como uma bússola, e nos faz ter mais sabedoria sobre quem de fato a gente é, que tipo de pessoa queremos nos tornar, e que uma falta sua não compensa a outra, que há pontos fortes e fracos em nós e ambos precisam ser cuidados e trabalhados, até porque ninguém aqui é alecrim dourado.
Gosto de associar a completude, como o bicho no telhado. Quantas vezes deitado na cama, uma noite qualquer, você está relaxado, e do nada faz-se um barulho no telhado, e a gente fica imaginando o que seja, se é um gato, um rato, um pássaro, mas por ser tarde, não saímos pra ver o que é, e daí a curiosidade permanece. Talvez isso seja a completitude, a incógnita, um dos maiores pontos de interrogação que há dentro de nós, o quebra-cabeça que vem faltando peças. E como é bom não termos respostas pra todas as perguntas, para os mistérios de existir, isso nos instiga a percorrer mais caminhos pelos quais ainda desconhecemos, isso descontrói a nossa inteireza como indivíduo, rompe a verdade pela qual acreditamos. Na realidade talvez só sejamos fragmentos soltos no mundo, numa linha crescente dentro de um tabuleiro. E o que mais a gente precisa, é descobrir o nosso jeito favorito de ser o nosso próprio Outdoor, com letras grandes e um painel luminoso, que hora se apaga e outrora se acende.

— .(Escrito dia 29/05/2025, às 15:39).


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