Cheguei ansiosa
naquele motel de beira de estrada;
desconhecia
quem me aguardava,
e o que se esperava de mim.
Apenas
uma troca de palavras escritas
e outras tantas ditas
guiaram os meus passos
até aquele quarto
de amores proibidos.
O meu corpo tremia,
suores frios
quase me faziam recuar
e ir embora,
mas a humidade entre as pernas
e o corpo em chamas
não me deixaram desistir ...
Eu precisava
beijar aqueles lábios,
até então desconhecidos,
eu precisava
sentir aquele homem,
cuja voz me incendiava,
eu precisava
provar daquelas mãos
o vigor e a mestria ...
Entrei de olhos vendados,
senti-o aproximar-se,
uma mão acariciou
o meu rosto
enquanto os meus lábios
eram beijados ...
Mordeu-os levemente
e o sangue foi
logo lambido e chupado
como se fosse uma iguaria.
Trémula,
quis-me de pé,
de pernas bem abertas;
passeou a chibata
pelo meu sexo nu,
despido do string
que ele exigira
que eu não vestisse ...
Louca, descontrolada,
um jorro de prazer
rasgou-me as entranhas;
atrevido, os dedos dele
tocaram-me,
bem fundo, molhados,
e lambuzamo-nos,
deliciados,
no meu mel ...
A nossa perdição ...